sábado, 16 de janeiro de 2010

medos

querer o sim e não se acostumar
com a solidão, o medo de amar
(Vem pra cá - Papas da Língua)
Assisti ao filme 500 dias com ela, um filme perfeito, excelente para pensar em várias coisas sobre o amor. Summer, a protagonista do filme, não acreditava em amor, enquanto que Tom cresceu acreditando desde cedo que existe “a” pessoa. A história é uma história, com momentos alegres e momentos tristes. Além disso, há algo que aparece no filme, e é muito presente na nossa realidade: o medo de se machucar.

Amar alguém pressupõe entrega. Às vezes, nos consideramos muitos valiosos para sermos entregues alguém. Às vezes, temos tanto medo de se machucar que não nos entregamos. Algumas vezes pode ser puro drama, outras vezes pode ter até ter fundamento. Lembrei da história de uma conhecida que conheceu um cara, começou a sair com ele, tava se divertindo, curtindo bons momentos. Porém, chegou um ponto em que ela não sabia o que fazer, pois por mais que o cara estivesse sendo legal, ela não queria se envolver porque ela sabia que ia se machucar. Sendo assim, sempre nos machucaremos? Obviamente que não, mas temos horror a isso.

No campo afetivo, temos dois medos que convivem conjuntamente na vida de uma pessoa: o medo de ficar só e o medo de se machucar. O primeiro nem precisa de explicação. O ser humano nasceu graças à sociabilidade, cresce dentro de um meio social, aprende a ter necessidades que foram construídas socialmente. Já o medo de se machucar aparece o tempo inteiro em pessoas que insistem em se manter solteiras. A sua forma de relacionar-se apresenta pontos limites, em que chega um momento em que eles decidem cair fora, porque cair dentro é equivalente a despencar de um precipício.

E se nos machucarmos, podemos seguir em frente? Mesmo com tantas decepções, possuímos forças para se apaixonar novamente? E é possível dar uma segunda chance a alguém que nos fez chorar tanto? Perguntas... Infelizmente não existem respostas prontas para essas perguntas. Respostas que se encontram no coração. Tudo é uma questão de seguir o que se sente e ir pelo caminho que isso indica.

Parabéns ao filme que mostra que mesmo ao se machucar não devemos perder a fé no amor.

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