quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Das coisas que eu não entendo.

Infelizmente, sou do tipo que assiste a filmes, um (se não dois ou mais) anos depois do seu lançamento. A questão é que assisti Marley e Eu. O filme, como provavelmente todos devem saber, conta a história de um casal, que depois vira família, e as peripécias de seu cachorro. Em todos momentos da vida deles, o cachorro estava lá. Seja quando as pessoas estavam tristes, seja quando elas se irritavam por causa do cachorro que não tinha um temperamento lá muito fácil.

Saindo dos detalhes da história, e chegando a uma das questões do filme: o amor. Esse sentimento incondicional por outrem. Nesse caso, um cachorro. Dá para se afirmar que é a coisa mais natural do mundo ter um animal de estimação. Eles nos recebem quando chegamos em casa, nos dão carinho (da forma deles, é claro), não brigam, não contestam nossas opiniões e vão estar do nosso lado o tempo inteiro. Dizem que o cão é o melhor amigo do homem. Não sei, nunca tive um. O máximo que tive de cachorros foi um trauma, que não vem ao caso.

Os sentimentos que nutrimos pelos animais de estimação às vezes supera os que temos por seres humanos. Seres vis, que vira e mexe nos decepcionam. Que depois de anos de dedicação, vão embora. Que terminam uma relação, pela qual tu batalhaste por anos. Que dizem, e depois desdizem. Que fazem tantas coisas. Esse amor excessivo pelos animais me é chocante, e ao mesmo tempo é tão do humano. Quando penso que tem muita pessoa perdida por aí que está em péssimas condições, sem ter um prato de arroz para comer, enquanto muitos animais são tratados com frutas e outras tantas regalias. Quanta gente sem ter o que vestir, e aquele poodle com um modelito exclusivo. Definitivamente, não dá para explicar. Sentimentos não se traduzem em palavras, simplesmente são sentidos. E são uma coisa louca, insana. É óbvio dizer, mas as emoções são totalmente sem razão.

Vão me apedrejar e dizer: tu falas isso, por não ter animais de estimação. Talvez sim, talvez não. Apesar de tantas bárbaries que o humano cometa, eu tento não perder a fé nele. Nem sempre é viável, mas a gente tenta. Tenta porque é humano também.

2 comentários:

  1. Demasiado humanos, tentamos sim, concordo com você. Mas.. às vezes tentando explicar esse sentimento insano, como dizes, eu recaio à um ditado que pode parecer cruel, mas muitas vezes ajuda a nos olharmos: "Quanto mais conheço os homens, mais admiro os meus cachorros".
    Tenhamos um animal de estimação ou não, sabemos que os sentimentos mais intensos que experimentamos não cabem nas palavras. Quem sabe caibam num latido...
    :)

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  2. Vou te dar um cachorro de presente de aniversário esse ano, pode deixar!

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