quarta-feira, 16 de junho de 2010

A ordem na teoria do caos

Assisti ao filme “O curioso caso de Benjamin Button” semana passada. Um filme muito bom, por sinal. Teve um trecho que despertou a minha atenção. Aquele no qual ele narra os acontecimentos antes de ela ser atropelada. Ele conta que, se ela tivesse feito qualquer coisa diferente, ter dado qualquer passo em falso, ter se atrasado, o desfecho seria diferente. Mas não, tudo foi como foi, uma sucessão de acontecimentos que culminou com o atropelamento dela.

É um filme, eu sei. Na ficção não faltam exemplos de desencontros que acabam mudando a vida dos personagens. Ele estava carente, e decidiu ligar pra ela, que estava num encontro, a fim de superar ele. Ela não atendeu, ele procurou outra e assim vão indo os capítulos até o (mal)dito happy end.

E a vida real? Será que a vida imita a arte? Vivemos a teoria do caos e o bater de nossas asas provoca um tufão do outro lado do mundo? Será que é necessário ir até o outro lado do mundo para sentir tal tufão? Provavelmente, não. Cada ato gera uma conseqüência. Um fato está encadeado no outro, o que faz com que a única ordem existente é que tudo é uma simples bagunça.

Só paramos para pensar na dimensão de nossos atos, quando cometemos um erro. E se eu tivesse feito assim, e se eu tivesse feito assado... Se as coisas sempre dão certo, nunca paramos para pensar, sempre continuamos caminhando, seguindo e indo em frente.

Restringindo para uma dimensão bem detalhada, a vida é a teoria do caos. Cada bater de asas, um tufão. A questão é que não somos borboletas isoladas, existem várias batendo ao mesmo tempo. Se uma sozinha já gerava um tufão, imagine várias. Cuide-se com ciclones, tornados, furacões...

publicado originalmente no chiclé clichê em 13/08/09.

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